estavam no capim
corpos retalhados
nem uma lágrima
medo
não enviaram os caixões
os corpos apodreciam
(quarenta graus à sombra)
amortalhei-os com Sheltox
brandi putas: tudo me sabia a sangue
queimei a sanzala
os heróis são assim
matei o capitão (esse cabrão)
ainda ouvem meu coração?
sinto-me bem no Júlio de Matos
os fantasmas matam-me
dás-me um cigarrinho?
Manuel Monteiro
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
terça-feira, 23 de setembro de 2008
O CAPITALISMO NO SEU MÁXIMO ESPLENDOR
Os teóricos do capitalismo defendem que o mercado deve ser livre.
Mercado é aqui as leis do capitalismo: os mais fortes a esmagar os mais fracos.
E agora chegámos a isto: aqueles que berravam pelo mercado livre, contra a intervenção do estado, são os primeiros a reclamar e a aplaudir a intervenção do estado norte-americano para salvar da bancarrota os grandes grupos financeiros.
Então, meus lindos, em que ficamos: na liberdade total do mercado, ou na intervenção reguladora do estado neste mesmo mercado?
Claro que todos sabemos. O estado é capitalista e só intervém para salvar os grandes capitalistas. Com intervenção do estado ou sem intervenção do estado, o mexilhão será sempre lixado.
É melhor, então, que não percamos tempo com as leis que defendem sempre os privilégios das minorias opulentas e que nos debrucemos mais em impor, pela luta, outras leis, aquelas leis que protejam os explorados.
Sim, porque a questão é esta: o estado ianque vai injectar milhões de dólares nos bancos e seguradoras falidas. E aos pobres dos cidadãos americanos, que ficaram sem casa porque não conseguem pagar as prestações especulativas a esses mesmos bancos, que apoio lhes é dado? Nenhum? Se não arranjarem casa alugada vão dormir para debaixo da ponte.
Manuel Monteiro
Mercado é aqui as leis do capitalismo: os mais fortes a esmagar os mais fracos.
E agora chegámos a isto: aqueles que berravam pelo mercado livre, contra a intervenção do estado, são os primeiros a reclamar e a aplaudir a intervenção do estado norte-americano para salvar da bancarrota os grandes grupos financeiros.
Então, meus lindos, em que ficamos: na liberdade total do mercado, ou na intervenção reguladora do estado neste mesmo mercado?
Claro que todos sabemos. O estado é capitalista e só intervém para salvar os grandes capitalistas. Com intervenção do estado ou sem intervenção do estado, o mexilhão será sempre lixado.
É melhor, então, que não percamos tempo com as leis que defendem sempre os privilégios das minorias opulentas e que nos debrucemos mais em impor, pela luta, outras leis, aquelas leis que protejam os explorados.
Sim, porque a questão é esta: o estado ianque vai injectar milhões de dólares nos bancos e seguradoras falidas. E aos pobres dos cidadãos americanos, que ficaram sem casa porque não conseguem pagar as prestações especulativas a esses mesmos bancos, que apoio lhes é dado? Nenhum? Se não arranjarem casa alugada vão dormir para debaixo da ponte.
Manuel Monteiro
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
AS DIFERENÇAS
Pobre quando rouba uns tostões enfrenta a condenação da "opinião pública" e os rigores da "justiça".
Rico quando rouba milhões (por exemplo os gestores dos bancos americanos falidos)são perdoados pelos mesmos mecanismos que condenam os pobres, com a desculpa que foram vítimas das " leis do mercado".
Manuel Monteiro
Rico quando rouba milhões (por exemplo os gestores dos bancos americanos falidos)são perdoados pelos mesmos mecanismos que condenam os pobres, com a desculpa que foram vítimas das " leis do mercado".
Manuel Monteiro
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
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