sábado, 30 de outubro de 2010

A MERDA E UMAS REFLEXÕES FILOSÓFICAS

Li esta notícia no FB e não resisto a reproduzi-la.
Rui Zink, numa visita a uma escola, contou esta pequena parábola aos alunos: um passarinho estava num campo, cheio de frio. Uma vaca, com pena do pequeno, cagou por cima do pássaro uma grande bosta. Este, sentindo-se quentinho, começou a cantar dentro da bosta. Um lobo veio e, tirando o pequenote da merda, comeu-o.
Moral da história:
1º-A merda não canta;
2º-Quem nos mete na merda nem sempre nos quer mal;
3º-Quem nos tira da merda nem sempre nos quer bem.

Manuel Monteiro

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

CRÍTICA POÉTICA

que te não abram e façam em ti
toda a experiência da ética e da estética

que te não magoem
e retirem o sentido do horizonte

que te deixem respirar
e beijar as nuvens

que te não levem à universidade
onde os provadores de títulos te marcarão o sangue

que te não mergulhem nos fumos dos congressos
e te não arranquem a alma

ganha os teus braços no perfume dos campos
lá onde a infância ainda se mostra

quero-te puro e indecifrável
arauto dos reinos da glória dos simples

quero-te
como àquela rosa tímida
que se dá e fica intacta

quero-te no silêncio dos corações inviolados
como arma como capa como vinho

assim vestido de linho
terno e tonto

vivo


Manuel Monteiro


Do meu livro de poemas TODAS AS MARGENS

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

O QUE EU ANDEI PARA AQUI CHEGAR-www.amazon.com

AMIGOS
Saiu um romance da minha autoria em formato digital (eBook)
Está em distribuição mundial através da www.amazon.com.
Para solicitar o romance tem que se indicar o título: O QUE EU ANDEI PARA AQUI CHEGAR
Preço: 9,20
Nome do autor: Manuel Augusto Monteiro
Género: Romance
Onde pode ser lido: Computador, telemóvel,Kindle, Ipad, etc.

RESUMO

.O romance é a história invulgar de um homem comum.
.A narrativa não é linear. São entrelaçados os acontecimentos que se centram em três períodos fundamentais da vida do personagem: a sua infância em trás-os-Montes, a participação na guerra colonial e a sua acção na revolução do 25 de Abril.
.Considera que a sua infância vai até aos trinta anos e que abarcou estes três acontecimentos onde foi um protagonista activo.
.Ao chegar aos trinta anos sente-se vazio e sem rumo. Tudo foram derrotas: a avó, que o criara na aldeia, morreu; a guerra colonial,que de inicio defendera,tinha sido um desastre; a revolução,a que aderira com entusiasmo, tinha sido derrotada.
.Então decide fechar a memória a esse período marcante da sua vida e transforma-se num homem cínico e implacável.
.Mete-se nos negócios da noite, abre casas de alterne, explora e maltrata as mulheres, sobretudo brasileiras e do leste.
.Faz isto para tentar esquecer as três mulheres que o marcaram e que ele tanto amou.
.A sábia avó que foi a mulher que o criou de uma forma diferente do que era norma na aldeia.
.O seu grande amor, a Maria, que teve um filho dele, quando já estava casada com outro rapaz, o filho do regedor. Este veio a morrer na guerra colonial. Maria diz-lhe, depois da morte do marido, que o filho é dele. O personagem promete que se casa com ela e que vão os dois criar o filho, mas, de madrugada, foge e deixa a rapariga e o menino para trás, para sempre.
.A Mulher Burguesa, a mulher que abandonou a sua posição social e o marido, um diplomata, e aderiu à revolução, vindo a morrer de cancro, já era ele um implacável homem da noite.
.Aos setenta anos, e depois de quarenta em que abafou os mais nobres sentimentos da sua vida até aos trinta anos,sente que o fim se aproxima e então decide-se recordar de tudo o que viveu nesse período exaltante da sua vida.
.Ao terminar o livro o personagem diz:"Meu cansado pensamento centra-se agora nessas três mulheres que amei e me amaram: a avó,a Maria e a mulher burguesa.É para elas o meu último pensamento.A noite da minha vida aproxima-se.Sinto frio e uma névoa a envolverem-me.Três vultos familiares me acenam de longe. Já aí vou,avó.Já sinto o teu calor, Maria.Nesse lugar há lugar para a loucura dos corpos, mulher burguesa?
Já não "contenho multidões" dentro de mim, como afirmava o poeta. Estas três mulheres me chegam.Afinal,nenhum momento da minha vida-mesmos os mais conturbados-foi em vão. Porque elas me habitaram".

Agradeço a vossa leitura e espero as críticas.
Um abraço a todos

Manuel Monteiro